Volto com o corpo revirado,
doído, marcado.
Viagem,
normalmente,
mexe com mente.
Este lugar de ocupação das idéias.
Recife, Pernambuco
me pegou forte.
Arrebatador, sem frescura
só cura.
O tambor ressoou fundo dentro
Batalha ganha com o pulso.
O corpo quente
Da febre, da gente
Da cana, engana?
Só sei que a raiz fincou com espaço, receosa, mas vistosa.
O medo ficou no concreto.
O gosto aveludado do rio Capibaribe, insessante, querendo ganhar a pele, o sangue.
Maracatu de esquina, beira.
Beirou a febre, tímida.
Dentro desembrulhou
Do quente, estridente, viu-se gente.
O sol acabrunhado de avenida apossou o espírito.
Vívido de carne
Foi só músculo.
Geralmente penso em osso
duro de roer
geral mente
sem sente
sente
ente
permanente
doente
ente
em te
ti
só ti
A transcendência está no é
é aqui na matéria,
no pensamento
na união
no chão
ão
trovão.
Recife- PE
30 de agosto de 2014