“Eu tenho é saudade!
Saudade daquilo que ainda não vi…
saudade do que ainda não senti….
tenho essa fome no peito, fome daquelas que a gente sente ao sentir o cheiro de comida fresca quase pronta!
Essa vontade do que ainda não é.
Essa sede de saber como é. E se é.
Tanto figurativo, tanta imagem… tanta abstração.
E meu coração só sabe é bater descompassadamente a espera.
O aguardo de guardar este negócio que não tem forma e nem encaixe.
Que não tem peso… que não nasceu.
É uma ideia.
A ideia que está aqui dentro de mim, louquinha para sair.
Ainda não está madura, mas tá lá a bichinha.
Viva! Saltitante!
Sem saber ainda andar, tropeça nos ventrículos e empurra as veias.
Faz uma pressão demasiada dentro do peito.
Pressão…pressiona…empurra guela dentro toda essa fome e sede.
Toda essa vontade.
E que mesmo que não vingue, será, quer dizer, já é…”
Por Adriana Nogueira – 18/02/2014