“A dualidade que vive em mim.
Que precisa ser vestida,
tranvestida.
Para ser, a aparecer.
A dualidade que veste e desnuda
que transmuta.
Que doa,
mas pena em receber.
A dualidade dos espaços e das vozes,
dos olhares que caiem e recaem.
Que queimam,
que não chegam.
Os dois seres, as duas ações,
que se posicionam e ganham contornos.
Diferentes.
Que rasgam o ar em seu movimento.
O dual a dois passos.
as duas linhas de ser, ser, ser.
Por que vestir algo me dá potência?
Me muda, me permite?”
02/10/2012